Ibovespa bate recorde e encosta nos 142 mil pontos; dólar recua

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Mercado reagiu positivamente a cenário interno e externo, com destaque para bancos e Petrobras

O Ibovespa fechou em alta de 1,32% nesta quinta-feira (28), aos 141.049 pontos, renovando recordes e chegando a tocar os 142.138 pontos na máxima do pregão – patamar inédito na história. O movimento foi impulsionado pelo desempenho dos grandes bancos, da B3 e da Petrobras.

O dólar comercial caiu 0,19%, cotado a R$ 5,40, enquanto os juros futuros também recuaram ao longo da curva.

Wall Street e Nvidia

Nos EUA, os índices também encerraram no positivo, com o S&P 500 ultrapassando pela primeira vez os 6,5 mil pontos. A reação, no entanto, foi contida após a divulgação dos balanços da Nvidia. Embora o crescimento tenha sido forte, a receita da divisão de data centers veio abaixo das expectativas por não considerar vendas de chips para a China, o que gerou cautela.

PIB americano em alta

A revisão do PIB do segundo trimestre mostrou expansão acima da estimativa inicial, sinalizando resiliência da economia dos EUA mesmo com juros elevados. O dado aumentou a incerteza sobre o ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve, mas investidores seguem apostando em redução já em setembro.

Agenda doméstica

No Brasil, o Tesouro Nacional registrou déficit primário de R$ 59,1 bilhões em julho. Por outro lado, avanços diplomáticos marcaram o dia: em visita ao México, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o país deve ampliar as compras de carne bovina brasileira, em meio às tensões comerciais com os EUA.

Apenas cinco papéis do Ibovespa fecharam em queda. Entre as baixas, GPA (−1,39%) e Vivo (−0,44%). Já Reag Investimentos (RAEG3), fora do índice, recuou 15,69% após operação da PF em sua sede.

No campo político, pesquisa Atlas apontou crescimento da intenção de voto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o que também repercutiu entre agentes do mercado.

Ações em destaque

Na ponta positiva, Magazine Luiza disparou 9,19% e Vamos subiu 7,92%. A B3 avançou 2,84%, acompanhando ganhos de Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. Petrobras teve alta de 0,88%, apoiada pela valorização do petróleo e movimentações no conselho da companhia.

Expectativas

A sexta-feira deve ser de atenção redobrada. Nos EUA, sai o índice de preços de consumo pessoal (PCE), principal indicador de inflação monitorado pelo Fed. No Brasil, o IBGE divulga a taxa de desemprego de julho.

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